Campanha contra o trabalho infantil percorrerá estações do metrô de Salvador (BA) - Trabalho Infantil CSJT
Com o slogan "Não leve na brincadeira. Trabalho infantil é ilegal", a campanha usa elementos lúdicos, que lembram o universo infantil, em lugares onde não deveriam estar.
Desde o último sábado (5/12) até o próximo dia 19/12, quem passar pelas estações do Metrô de Salvador Acesso Norte e Campo da Pólvora verá as peças da campanha “Trabalho Infantil não é brincadeira”, idealizada pela Justiça do Trabalho. Já no período de 20/12 a 4/1, de acordo com o cronograma do Núcleo de Gestão Socioambiental e Cultural do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA), a campanha irá para as estações Lapa e Pirajá, que já receberam uma edição da campanha em 2018. O objetivo é conscientizar os cerca de 370 mil usuários do Sistema Metroviário de Salvador acerca dos perigos do trabalho informal envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo o juiz Anderson Rico, que coordena o Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem no TRT, “a ação é educativa e ganha importância nesse período pelo natural aumento pela busca de renda em função dos festejos de final de ano, o que potencializa o risco de utilização de crianças e adolescentes em trabalhos informais e precários”. O magistrado acrescenta que a ação planeja ainda a doação de máscaras e ecobags para famílias carentes de escolas públicas, tendo em vista o eventual o retorno às aulas presenciais.
Campanha
Com o slogan "Não leve na brincadeira. Trabalho infantil é ilegal", a campanha usa elementos lúdicos, que lembram o universo infantil, em lugares onde não deveriam estar. As peças divulgadas também trazem dados sobre a situação de trabalho irregular de milhões de crianças e adolescentes no país e divulga o “Disque 100” como uma das formas de denunciar. Com a iniciativa nas estações do metrô, o TRT pretende ampliar as informações e conscientizar a população para a necessidade de denunciar o trabalho infantil.
Dados
A Bahia é terceiro estado no ranking da utilização ilegal de mão de obra de crianças e adolescentes, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra Por Domicílio (PNAD-2019), do IBGE, ficando atraás apenas dos estados de São Paulo e Minas Gerais. No Brasil, cerca de 2,7 milhões de crianças, entre 5 e 17 anos de idade, se encontram em situação de trabalho irregular. No mundo são 168 milhões, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Por conta disso, a campanha possui uma mensagem clara, respaldada por uma chamada que incentiva a reflexão e ajuda nas denúncias, caso essa chaga social seja identificada.
Fonte: TRT da 5ª Região (BA)