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Voltar Presidente do TST participa de celebração dos quatro anos do Pacto da Primeira Infância

Além do seminário comemorativo, o presidente do TST e do CSJT, ministro Lelio Bentes Corrêa, também participou do “Seminário sobre direitos humanos: racismo ambiental, migrações e ações coletivas”

Mesa de abertura do Seminário Comemorativo dos Quatro Anos do Pacto Nacional pela Primeira Infância

Mesa de abertura do Seminário Comemorativo dos Quatro Anos do Pacto Nacional pela Primeira Infância

22/09/23 -  A celebração dos quatro anos do Pacto Nacional pela Primeira Infância marcou a adesão de mais 40 instituições, na manhã da sexta-feira (22/9), à iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a efetivação de ações voltadas à proteção dos interesses da criança com até 6 anos de idade. Tribunais, governos estaduais, instituições legislativas, órgãos de representação de classe, universidades, escolas, prefeituras e organizações da sociedade civil de interesse público se juntam, agora, à lista que soma 352 apoios a ações em prol do bem-estar de mais de 20 milhões de brasileiras e brasileiros que estão em fase da vida determinante para o futuro do indivíduo adulto.

A solenidade foi realizada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília (DF), e reuniu representantes dos três poderes da República, incluindo o presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministro Lelio Bentes Corrêa.
A cerimônia marcou a abertura do Seminário Comemorativo dos Quatro Anos do Pacto Nacional pela Primeira Infância e teve o objetivo de reforçar o compromisso das instituições com a proposta apresentada pelo CNJ, em 2019, para fazer a preocupação com as crianças se tornar engajamento e, enfim, dar efetividade aos direitos previstos no Artigo 227 da Constituição Federal.

Esperança

“Não podemos mais perpetuar a inclusão perversa, que promove ou judicializa o acesso a serviços, programas ou políticas apenas quando uma violação acontece, apenas quando o sujeito se encaixa no nosso sistema adultocêntrico”, disse a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Rosa Weber. “As crianças são bem-vindas em todas as nossas instituições democráticas, são a razão da nossa esperança, da nossa responsabilidade, sempre com vista à construção de uma sociedade verdadeiramente justa e pacífica.”

A preocupação com a formação e a proteção do indivíduo desde a gestação foi abordado pelo ministro Lelio Bentes. “Não há como falar em proteção integral à primeira infância sem pensar na ampliação do patamar dos direitos sociais e trabalhistas para as mães que vivem do trabalho”, disse. “É preciso implementar, com urgência, uma política pública eficaz de proteção à maternidade, direcionada em especial às mães negras, sob pena de perpetuação do ciclo geracional de pobreza e de precarização do trabalho”, completou.

Saiba mais: Mais quarenta instituições aderem ao Pacto da Primeira Infância em seminário comemorativo

Meio Ambiente

O ministro também participou de outro evento promovido pelo CNJ nesta sexta, o “Seminário sobre direitos humanos: racismo ambiental, migrações e ações coletivas”. O evento buscou debater o racismo ambiental, que é mais uma forma de tratamento desigual que afeta majoritariamente pessoas pretas, quilombolas, indígenas, e ribeirinhas, instaladas em locais sem acesso à água potável, em regiões contaminadas por resíduos tóxicos e constantemente palco de tragédias. 

Na abertura do evento, a presidente do CNJ e do STF, ministra Rosa Weber, ressaltou a importância da exposição e da discussão sobre situações e desafios referentes às realidades complexas envolvidas nesse cenário, como os fluxos migratórios provocados pelo impacto das severas desigualdades socioambientais e econômicas encontradas no país.

“Temos muito a refletir sobre eles para que possamos, ao menos, tentar mudar o estado de coisas atual. O meio ambiente e os seres que dele fazem parte, no presente e no futuro, clamam pela imediata redução dos índices de desmatamento, das poluições em todas as suas formas e dos diversos outros danos. A Constituição Federal enuncia o direito de todos ao meio ambiente e impõe ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”, afirmou a presidente.

O ministro Lelio Bentes Corrêa, por sua vez, destacou que o mundo precisa buscar uma forma de convivência harmoniosa entre as pessoas e os outros seres que habitam o planeta. O diálogo entre essas partes não pode ser ditado “pelas regras de quem oprime, de quem discrimina, de quem explora. Ele precisa ter a participação das populações vulnerabilizadas que, infelizmente, raramente são ouvidas”, disse.

Saiba mais: Meio ambiente clama pela redução de danos, afirma presidente do CNJ

Informações e fotos da Agência CNJ de Notícias

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