Você já conhece a Maria Clara e o Willian? - ASDIN- Assessoria de Acessibilidade, Diversidade e Inclusão
Neste 21 de março é comemorado o Dia Mundial da Síndrome de Down
21/03/2024 - A Assembleia Geral da ONU estabeleceu o Dia Internacional da Síndrome de Down em 21 de março de 2011. O objetivo é dar visibilidade a esse grupo de pessoas, ressaltando a importância da sua autonomia, e estimular a conscientização sobre o tema.
A síndrome é caracterizada por um “acidente genético”. No geral, os bebês nascem com 46 cromossomos, mas, no caso da Síndrome de Down, há uma cópia do cromossomo 21, ou seja, são 47 cromossomos. Portanto, não é algo que possa ser controlado, embora pesquisas indiquem alguns fatores que aumentam o risco de ter um filho com essa condição, como a idade da mãe.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022, há 300 mil pessoas no Brasil com Síndrome de Down.
Inclusão
Desde 2022, o TST tem um convênio com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do DF, por meio do qual já foram contratados Maria Clara Machado, de 31 anos, que trabalha na Assessoria do Cerimonial da Presidência, e Willian Lima, de 25 anos, lotado na Biblioteca.
Condição x trabalho
Maria Clara já está há um ano no TST e atua principalmente na área administrativa. Embora seja formada em artes plásticas, ela diz que gostou tanto da sua função aqui que pretende fazer faculdade de Administração.
“Muitas vezes, pessoas com a minha condição têm dificuldade com cálculo, mas estou conseguindo acompanhar bem”, conta. Clara também atua na organização de eventos (distribuição de crachás, organização das cadeiras) e acompanha as visitas de estudantes, apresentando as obras de arte do Tribunal. Assim, pode colocar em prática o que aprendeu na faculdade.
Vida além da Síndrome de Down
Willian Lima também gosta de seu trabalho na Biblioteca, como auxiliar de higienização bibliográfica. “Estou há um ano aqui no Tribunal e pretendo me aposentar aqui”, brinca. Ele conta que teve a oportunidade de fazer um curso de Conservação de Bens Culturais pela Apae durante dez anos e que isso proporcionou um bom conhecimento nessa área. Hoje, ele consegue não só colocar em prática o que aprendeu como também multiplicar seu conhecimento: no VI Congresso Brasileiro de Arquivos do Poder Judiciário, Willian ensinou como funciona a higienização dos livros.
Mas sua vida vai além do TST. Segundo Marlúcia, instrutora de Willian contratada pela Apae, ele tem uma vida bem independente. “Ele mora em Santa Maria e vem sozinho de ônibus para o Tribunal. Tudo o que ele faz é de ônibus”, relata. “Também é organizado com suas finanças, e com o dinheiro do trabalho consegue pagar academia, presentes e até ingresso para shows”.
Marlúcia também afasta algumas das presunções comuns sobre pessoas com Síndrome de Down. “Às vezes, as pessoas acham que quem tem Down não consegue ter uma vida ativa, mas isso não acontece. Eles conseguem fazer tudo”, afirma.
Isso se comprova também na vida da Clara. Fora do trabalho, ela tem uma vida artística e atuou no filme “Colegas e o herdeiro”, com previsão de lançamento em 2025.
Meias trocadas em comemoração
Todo ano, no dia 21 de março, as pessoas são encorajadas a usar meias coloridas e extravagantes na campanha “Lots of Socks” (“muitas meias”, em tradução livre), para chamar a atenção e provocar uma conversa sobre a Síndrome de Down e o acolhimento à diversidade. As meias são um pretexto para iniciar diálogos: quando alguém perguntar sobre suas meias, você pode dizer: “Estou usando para aumentar a conscientização sobre a Síndrome de Down”.
Que tal aderir? Para mais informações, acesse o site oficial da campanha: Lots of Socks - #WorldDownSyndromeDay
(Maria Rebeca/CF)
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