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Voltar Você conhece a Língua Brasileira de Sinais?

 

Thamiris Marques fazendo interpretação em libras
Thamiris Marques 

 24/04/2025 - No Tribunal Superior do Trabalho, incluir não é só garantir direitos, é permitir que cada pessoa se expresse com liberdade e respeito. Essa prática se torna ainda mais concreta quando a comunicação se abre para todos, inclusive para quem se expressa por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil possuem algum grau de deficiência auditiva. No entanto, ainda existem muitas barreiras que obstruem a participação dessas pessoas na sociedade.

Conheça mais sobre essa linguagem neste 24 de abril, Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais. A data foi escolhida como forma de marcar a aprovação da lei nº 10.436, publicada em 2002, que reconheceu a Libras como um meio legal de comunicação. 

Mas afinal, o que é Libras?

A Libras é uma língua reconhecida oficialmente desde 2002 como meio de comunicação e expressão no Brasil. Com estrutura própria, baseada em gestos e expressões visuais, ela é usada principalmente pela comunidade surda para se comunicar, aprender e se relacionar com o mundo. Para quem vive em um país predominantemente ouvinte, ela representa mais do que linguagem: é identidade, é cultura e pertencimento.

No Brasil, há diferentes formas de vivenciar a deficiência auditiva. Algumas pessoas são sinalizadas, ou seja, utilizam apenas Libras. Outras são oralizadas, tendo aprendido a falar português com ou sem o auxílio de aparelhos auditivos ou implantes. Já os bilíngues transitam pelas duas línguas, Libras e português ou seja, podem se comunicar por sinais, fala e escrita. Por isso, garantir a presença de intérpretes e recursos de acessibilidade é essencial para respeitar essa diversidade.

Como está o TST quando o assunto é acessibilidade?

Desde 2022, todas as sessões de julgamento transmitidas pelo canal oficial do TST no YouTube contam com interpretação em Libras. Em 2024, 35 eventos ao vivo também tiveram esse suporte. Além disso, os vídeos institucionais incluem tradução em Libras e legendas.

Já a Divisão de Educação Corporativa capacitou, até o momento, 75 servidores do TST em cinco cursos de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). E o compromisso do TST vai além da formação técnica e está presente no dia a dia de quem trabalha na linha de frente do atendimento.

Kézia Linhares fazendo interpretação em libras
Kézia Linhares

“Olá, tudo bem? Seja bem-vindo ao Tribunal Superior do Trabalho. Como posso te ajudar?” Com gestos feitos com as mãos e um sorriso, as duas recepcionistas intérpretes do TST acolhem o público com sensibilidade e respeito. Elas trabalham por escala e se revezam para receber os deficientes auditivos que visitam o edifício-sede do Tribunal.

Kézia Linhares, que está há quatro meses no TST, começou a aprender Libras por meio de um curso online e hoje já atua como intérprete em eventos presenciais. “Qualquer pessoa pode aprender. Não é uma linguagem difícil. O segredo está na prática e na paciência”, conta.

Thamiris Marques fazendo interpretação em libras

Thamiris Marques, por sua vez, teve seu primeiro contato com a Libras na igreja e atua no atendimento há quase um ano. “Vejo o quanto é importante, aqui no TST e em outros lugares, que essas pessoas possam ter acessibilidade. Incluir essas pessoas é incluí-las no mundo. Elas se sentem mais confortáveis para ir e vir quando quiserem.” 

Para ela, o serviço transforma a relação de todos com o público. “Já atendi um rapaz que veio com intérprete, mas ao ver que eu falava Libras, ele preferiu conversar comigo. Foi muito marcante”, relata Thamiris.

As duas ressaltam que o mais importante é a empatia. “A gente sente medo de não ser compreendida, mas a troca é muito rica. Tem que ter paciência e empatia”, afirmam.

A Coordenadoria de Rádio e TV (CRTV) inclui tradução em Libras em seus conteúdos audiovisuais. Para garantir essa acessibilidade, o TST mantém contrato com uma empresa especializada. O processo funciona assim: os vídeos são enviados à empresa responsável, que realiza a interpretação, e, em seguida, o conteúdo final é publicado nos canais oficiais do Tribunal.

O coordenador da CRTV, Rodrigo Tunholi, destaca a importância dessa iniciativa: “mais de 10 milhões de pessoas têm algum grau de deficiência auditiva, e esse é um segmento que consome muito os nossos conteúdos audiovisuais. É um público fiel e participativo”.

Durante os eventos ao vivo e programas especiais, o uso de legendas também contribui para tornar o conteúdo 100% acessível. “Estimulamos a autodescrição, principalmente em eventos ao vivo e programas especiais. Para continuarmos a ser o Tribunal da Justiça Social, é imperioso oferecer nosso conteúdo a todos, e a Libras faz parte desse contexto”, enfatiza.

Comunique-se com pessoas com deficiência auditiva

A Assessoria de Acessibilidade e Inclusão (ACESI) preparou algumas dicas para facilitar a sua comunicação:

  • Fale devagar, mas com naturalidade. Não há necessidade de separar sílabas;
  • Fale de frente para a pessoa com deficiência auditiva, deixando os lábios legíveis;
  • Fale no seu tom de voz natural. Caso seja necessário, a pessoa solicitará que aumente o volume;
  • Para chamá-la, faça algum sinal com as mãos ou acenda e apague a luz;
  • Em uma reunião, cada pessoa deve falar em sua vez (a sobreposição de falas impossibilita o acompanhamento da conversa); e
  • Conviva: não tenha receio de se comunicar com uma pessoa com deficiência auditiva por receio de que ela não compreenda sua fala.

 

A TV TST também preparou uma reportagem sobre o tema:

 

 

(Cinthia Gomes/JS) 

Rodapé das Páginas da ASDIN


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